Por Raul Pirauá.
Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga nasceu no dia 2 de dezembro de 1825 e faleceu em 5 de dezembro de 1891, foi o segundo Imperador do Brasil e reinou por 58 anos. Natural do Rio de Janeiro, foi o último filho de Dom Pedro I, membro do ramo brasileiro da Casa de Bragança. A ida do pai para Portugal deixou Pedro, um menino de apenas cinco anos Imperador, proporcionando–lhe uma infância muito triste. Pedro II cresceu para se tornar um homem com forte senso de dever e devoção ao seu país e seu povo. Porém, ele afastou-se cada vez mais de seu papel como monarca.
Pedro II fez do Brasil uma potência emergente no campo internacional. O país cresceu e deixou seus vizinhos para trás devido a liberdade de expressão zelosamente mantida, a sua estabilidade política, o respeito aos direitos civis, a seu crescimento econômico vibrante e especialmente por sua forma de governo: uma funcional monarquia parlamentar constitucional.
Sob seu reinado o Brasil também foi vitorioso em três guerras internacionais: a Guerra do Prata, a Guerra do Uruguai e a Guerra do Paraguai.
Imediatamente após a Lei do ventre livre, a saúde do Imperador declinou cada vez mais e os médicos responsáveis pelo rei sugeriram que ele buscasse tratamento na Europa. Ele embarcou rumo ao velho continente em 30 de junho de 1887. Em Milão ele passou duas semanas entre a vida e a morte, recebendo inclusive a extrema unção. Em 22 de maio de 1888, enquanto ainda se recuperava, recebeu a notícia de que a escravidão havia sido abolida no Brasil. Deitado na cama, ainda enfermo e com uma voz muito fraca, derramou sinceras lágrimas e disse: "Grande povo! Grande povo!"
Apoiados por fazendeiros, insatisfeitos com o fim da escravidão, os positivistas realizaram um golpe de Estado em 15 de novembro de 1889 e instituíram uma república. As poucas pessoas que presenciaram o acontecimento não perceberam que se tratava de uma rebelião. Relata-se que nunca antes uma revolução havia sido tão minoritária. Durante todo o processo Pedro II não demonstrou qualquer emoção, como se não se importasse com a situação. Ele rejeitou todas as sugestões para debelar a rebelião. E após ser deposto, apenas comentou: "Se assim é, será minha aposentadoria. Trabalhei demais e estou cansado. Agora vou descansar". Ele e sua família foram mandados para o exílio na Europa.
Às 00:35 da manhã do dia 5 de dezembro de 1891, Pedro II faleceu, vítima de uma pneumonia. Suas últimas palavras foram: "Deus que me conceda esses últimos desejos—paz e prosperidade para o Brasil." Enquanto preparavam seu corpo, um pacote lacrado foi encontrado no quarto com uma carta escrita pelo próprio Imperador: "É terra de meu país, desejo que seja posta no meu caixão, se eu morrer fora de minha pátria". O pacote que continha terra de todas as províncias brasileiras foi colocada dentro do caixão.
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